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O que é fake news?











Silvia-Ramone

O que é fake news?

Por mais recente que possa parecer, o termo fake news é usado desde meados do século XIX, e ganhou muita popularidade nos últimos anos. Em tradução livre, fake news significa notícia falsa, mas é um conceito utilizado para definir informações falsas, imprecisas ou enganosas que são divulgadas como se fossem verdadeiras.

O termo ficou famoso durante as eleições presidenciais americanas de 2016, na qual uma rede de fake news foi amplamente disseminada para influenciar a decisão dos eleitores a favor de Donald Trump. Muitos sites e páginas em redes sociais mostravam matérias falsas sobre Hillary Clinton, além de fomentarem a polarização política e desconfiança nas instituições.

As fake news são geralmente criadas e disseminadas com o objetivo de causar danos ou obter benefícios, como manipular a opinião pública, aumentar o engajamento em redes sociais ou difamar uma pessoa ou grupo. Elas podem ser veiculadas em diversos formatos, como textos, imagens, áudios ou vídeos, e são amplamente disseminadas por meio das redes sociais e outras plataformas de comunicação digital.

Por que as pessoas criam fake News?

Um estudo publicado na revista Nature constatou que costumamos dar mais atenção a informações falsas do que informações verdadeiras quando nossas crenças são confrontadas pela realidade. Além disso, as redes de fake news possuem estratégias bem definidas de disseminação de conteúdo.

Mas por que as pessoas criam fake news?

 

– Obter ganhos financeiros: em alguns casos, a criação de fake news pode ser motivada pela busca por dinheiro, seja através da venda de anúncios em sites que divulgam essas informações falsas, seja por meio de golpes ou esquemas fraudulentos.

– Manipular a opinião pública: muitas vezes, as fake news são criadas com o objetivo de influenciar a opinião pública em relação a determinado tema ou pessoa, seja para beneficiar um grupo ou indivíduo específico, seja para prejudicar um oponente.

– Gerar engajamento: em plataformas de redes sociais e outros meios de comunicação digital, a disseminação de fake news pode gerar grande engajamento e, consequentemente, mais visualizações, likes e compartilhamentos, o que pode beneficiar quem as criou.

– Causar confusão: em alguns casos, as fake news são criadas simplesmente para causar confusão e desinformação, sem um objetivo específico em mente.

Independentemente das motivações por trás da criação de fake news, é importante lembrar que essas informações falsas podem ter consequências graves e prejudicar a sociedade como um todo. Por isso, é importante sempre checar a veracidade das informações antes de compartilhá-las.

Exemplos e consequências das fake news

Em um mundo no qual somos bombardeados de informações, não é difícil encontrar exemplos de consequências das fake news.

O período de pandemia da COVID-19 foi marcado por muita desinformação, inclusive das próprias instituições e representantes políticos, e tivemos diversos exemplos de informações falsas.

A falsa informação de que a vacina contra a COVID-19 poderia causar infertilidade em mulheres foi amplamente divulgada nas redes sociais e desmentida por diversos especialistas em saúde.

Fake news sobre o uso obrigatório de máscara não faltaram, algumas afirmavam que o uso de máscaras pode causar hipoxia (falta de oxigênio no sangue) e outros problemas de saúde. Essas informações foram disseminadas principalmente no início da pandemia.

Ainda na área da ciência e saúde pública, o boato de que algumas vacinas do calendário vacinal infantil estavam causando doenças em crianças. A repercussão dessa fake news foi tão grande que muitas famílias deixaram de levar seus filhos para se vacinarem, e doenças como sarampo, que estava erradicada no Brasil, voltaram a aparecer.

Um caso marcante de desinformação foi o da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que faleceu após ser espancada por moradores do Guarujá, no litoral de São Paulo, em 2014. Ela foi vítima de uma notícia falsa publicada no Facebook, com um retrato falado de uma possível sequestradora de crianças para rituais de magia negra. Fabiane foi confundida com a criminosa e acabou sendo linchada pelos moradores.

Esses são apenas alguns exemplos de fake news, mas existem muitos outros casos de informações falsas que circulam na internet e que podem causar grandes danos.

Criar e compartilhar fake news é crime?

Fake News Silvia Ramone Advocacia (1)

Em vários países a criação e a disseminação de fake news pode ser considerada um crime. No Brasil, a disseminação de informações falsas pode ser enquadrada como calúnia, difamação, injúria, crime contra a honra ou outros delitos previstos no Código Penal.

Vale ressaltar que a aplicação das leis que criminalizam as fake news pode ser complexa, pois é necessário provar que a pessoa que criou ou disseminou a informação sabia que ela era falsa ou tinha intenção de prejudicar alguém.

Os crimes definidos pelo Código Penal que se relacionam com fake news são:

Calúnia: atribuir falsamente um crime a uma pessoa. Pena prevista: detenção de seis meses a dois anos e pagamento de multa.

Difamação: acusar alguém de ter feito algo que não fez, ferindo a sua honra e reputação. Pena prevista: detenção de três meses a um ano e multa.

Injúria: ofender uma pessoa por meio de xingamentos ou atribuindo características negativas, sejam elas físicas ou não. Pena: detenção de um a seis meses e multa.

O mesmo vale para informações com discurso de ódio, como racismo, homofobia, feminicídio entre outras práticas que podem estar tipificadas no Código Penal.

Em resumo, criar ou compartilhar fake news e desinformação não é crime, mas dependendo do alcance e do dano que essas informações causarem, a prática pode ser criminalizada de acordo com a decisão do juiz de cada caso.

Como verificar uma fake news?

Verificar notícias falsas, também conhecidas como “fake news”, pode ser um desafio, mas existem várias ferramentas e técnicas disponíveis para ajudar a identificar informações enganosas. Algumas dessas ferramentas incluem:

1- Verifique a fonte da notícia – verifique se a fonte da notícia é confiável e respeitável. Se a fonte for desconhecida ou pouco conhecida, pode ser uma bandeira vermelha.

2 – Pesquise no Google – digite as palavras-chave da notícia no Google e veja se outras fontes confiáveis estão relatando a mesma história.

3 – Verifique as citações – se a notícia citar uma fonte, verifique se a fonte é real e se as informações estão sendo relatadas com precisão.

4 – Use ferramentas de verificação de fatos – existem vários sites e organizações que se dedicam a verificar a precisão das notícias. Exemplos incluem o portal LUPAFato ou Fake da Rede Globo e portais internacionais como Snopes, Politifact e FactCheck.org.

5 – Verifique as imagens – se a notícia contiver uma imagem, faça uma pesquisa reversa de imagem no Google para ver se a imagem foi usada antes e em qual contexto.

6 – Verifique se há erros gramaticais e de ortografia – as notícias falsas muitas vezes contêm erros gramaticais e de ortografia, portanto, verifique cuidadosamente a gramática e a ortografia da notícia.

Em geral, é importante ser crítico em relação às notícias que você lê e verificar se elas são precisas antes de compartilhá-las com outras pessoas.

Campanha Anti-Fake

Uma campanha anti-fake em vídeo é uma iniciativa que visa conscientizar as pessoas sobre a disseminação de notícias falsas e enganosas nas redes sociais e em outras plataformas online. Essas campanhas geralmente consistem em vídeos curtos que explicam como identificar notícias falsas e o impacto negativo que elas podem ter na sociedade.

Esses vídeos são frequentemente produzidos por organizações governamentais, grupos da sociedade civil, organizações de mídia e empresas de tecnologia, e são compartilhados amplamente nas redes sociais e outras plataformas online.

O objetivo dessas campanhas é educar o público sobre como verificar a autenticidade das notícias e evitar a disseminação de informações enganosas. Ao aumentar a conscientização sobre as notícias falsas, essas campanhas ajudam a reduzir a propagação de informações prejudiciais e a proteger a integridade das informações compartilhadas online.

Em 2018 e 2022, a Globo se uniu a empresas como Facebook, Twitter e Google para combater a disseminação de notícias falsas durante as eleições presidenciais no Brasil.

A campanha incluiu a produção de reportagens, a veiculação de vídeos educativos e a realização de debates sobre o tema. Além disso, foram criados canais para que o público pudesse denunciar notícias falsas e receber orientações sobre como identificar e evitar a propagação desse tipo de conteúdo.

A parceria foi considerada importante para conscientizar a população sobre a importância de checar as informações antes de compartilhá-las e para promover a transparência nas eleições. 

Conclusão

Fake News Silvia Ramone Advocacia (3)

Temos diversos exemplos de como as fake news podem ser prejudiciais a indivíduos, comunidades ou até mesmo a sociedade em geral. Informações falsas sobre saúde, por exemplo, podem levar as pessoas a tomar medidas prejudiciais à sua saúde e dos outros, ou informações falsas sobre eventos importantes podem levar a ações equivocadas e prejudicar a segurança pública.

Verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las é essencial para garantir a integridade e a confiabilidade da informação.

Com a proliferação de notícias falsas e informações enganosas na era digital, é mais importante do que nunca verificar cuidadosamente a fonte e a precisão das informações antes de compartilhá-las com outras pessoas. Isso ajuda a promover uma sociedade informada e baseada em fatos, o que é essencial para o bem-estar geral de todos.

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